- novembro 28, 2017
Projeto ferroviário vai expandir fronteira do agronegócio, diz Reinaldo
O projeto de implantação de um tronco ferroviário ligando Dourados ao porto de Paranaguá, no Paraná, será apresentado nesta terça-feira (28), às 15 horas (MS), em São Paulo, com estimativa de investimento de R$ 10 bilhões e expectativa de prazo de 60 dias para adesão de investidores.
É o que estabelece o Procedimento de Manifestação de Interesse que será apresentado nesta terça-feira. Só os estudos de viabilidade econômica estão orçados em R$ 25 milhões.
“Este projeto ferroviário, sem dúvida, vai expandir a fronteira do agronegócio no Centro-Oeste brasileiro e contribuir com a afirmação da economia brasileira”, disse o governador Reinaldo Azambuja, que estará presente no evento em São Paulo. “Não temos dúvida que a Ferroeste nos permitirá preparar Mato Grosso do Sul e o Paraná como uma das principais fronteiras do agronegócio”, ressaltou.
Coordenado pela Ferroeste com a interlocução dos governos do Paraná e de Mato Grosso do Sul, o projeto pretende despertar o interesse dos setores produtivos em razão da ampliação da capacidade de embarque no porto de Paranaguá, que deve chegar a 80 milhões de toneladas até 2020. MS e PR respondem por 30% de toda produção de grãos do Brasil.
De acordo com dados do Governo de Mato Grosso do Sul, o novo tronco da Ferroeste terá mil quilômetros em dois trechos – Dourados-Cascavel e Paranaguá-Guarapuava. No trecho de Mato Grosso do Sul, a Ferroeste será interligada ao ramal da ferrovia Rumo, que liga Itahum (Dourados) a Maracaju, Sidrolândia, Campo Grande e aos extremos Leste (Três Lagoas) e Oeste (Corumbá).
“Para Mato Grosso do Sul, que está no eixo da rota de integração latino-americana abre-se a perspectiva de implantação do corredor ferroviário bioceânico, interligando os portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP) aos terminais chilenos de Antofagasta, Mejillones, Iquique e Arica, e Ilo, no Peru”, prevê Reinaldo Azambuja.
Segundo ele, o investimentos na Ferroeste não significarão apenas suporte para a expansão das fronteiras de produção de alimentos, com o fortalecimento da economia, mas também, progresso social, melhor qualidade de vida urbana. “Significa ampliar as oportunidades com geração de emprego e renda”, avalia.