- maio 22, 2017
“Pobre Diabo Louco e seu Discurso para Moscas” na Mostra Boca de Cena
Fazendo parte das comemorações da semana do teatro e Circo de MS e abrindo o Festival Boca de Cena, o Grupo Teatral Palco Sociedade Dramática apresentará o espetáculo Pobre Diabo Louco e Seu Discurso Para Moscas na segunda feira 22 de maio no Teatro Glauce Rocha as 19h30min. A entrada é grátis.
O Grupo também será homenageado pelos seus 25 anos de trabalhos ininterruptos na cena teatral de MS e para isso foi convidado a apresentar o espetáculo Pobre Diabo Louco que completou 20 anos de estrada sendo a segunda montagem.
O evento Boca de Cena acontecerá de 22 a 27 de maio com espetáculos,palestras, diálogos cênicos, bate papos nos teatros, ruas e espaços alternativos da Capital.. Toda a programação é gratuita.
Escrito, dirigido e interpretado pelo ator e diretor Espedito Di Montebranco, o monólogo já viajou vários estados do país e exterior, além de receber mais de 20 prêmios e menções honrosas da Câmara de Vereadores de Campo Grande.
O espetáculo considerado por muitos como uma crítica política, narra os problemas enfrentados no estado de Mato Grosso do Sul e no Brasil, contando a história de Praculá Makob, um indigente que anda perdido pelo País com o sonho de chegar ao Distrito Federal e falar com a Presidente da República, assim, caminha de cidade em cidade e em cada uma delas que chega pergunta: Pra que lado fica o Distrito Federal? E as pessoas respondem: Praculá.
Makob, foi o sobrenome que lhe deram, pois segundo a bíblia, significa dor e sofrimento e foi o que viram nesse mendigo perdido, nesse “Pobre Diabo Louco e seu Discurso para Moscas “, onde a maioria pensa tratar-se de um louco, um doente mental e não percebem que esse é o verdadeiro cidadão, que critica e apresenta possíveis soluções para esse Brasil sofredor.
Praculá é um andarilho, um quase homem, um sonhador, aceita-se como uma metamorfose humano-lobisomem, um ser desprovido de estudo, residência fixa e até amor, porque nessas andanças descobre que a solidão é sua única companheira, sofre assim calado e percebe que as dores preconceituosas do credo, cor e raça se agarram a ele como a própria sujeira que lhe é peculiar, vive num país rico em alimento, mas que falta pão em sua própria mesa, um país quase analfabeto, mas de um povo extremamente cordial.
O Espetáculo tem dramaturgia, cenografia, desenho de luz, criação de sonoplastia, direção e atuação de Espedito Di Montebranco, Operação de Iluminação de Stepheen Abrego e operação de sonoplastia de Claudeir Dilly. Apoio de Jurema de Castro e Bruno Moser.
HISTÓRICO DO ESPETÁCULO
O espetáculo “Pobre Diabo louco e seu discurso para moscas completou 20 anos em janeiro de 2017, sendo o segundo espetáculo encenado pelo Grupo Teatral Palco Sociedade Dramática. Escrito em 1997 como esquete para se apresentar na XVII Mostra Sul-mato-grossense de teatro, realizado pela Federação Sul-mato-grossense de teatro na cidade de Ponta Porã, onde recebeu os prêmios de melhor esquete e o júri do festival criou um prêmio especial para melhor ator de esquete que foi ofertado a Espedito Di Montebranco.
Escrito, dirigido e com atuação de Espedito Di Montebranco, “Pobre Diabo Louco e Seu Discurso Para Moscas” se tornou no mesmo ano de 1997 um espetáculo teatral estreando no CENASOM-FCMS e recebendo uma menção honrosa da Câmara de Vereadores de Campo Grande. Em 1999 apresentou-se no XX Festival Sul-mato-grossense de Teatro, recebendo os prêmios de melhor ator, iluminação, sonoplastia, cenário e espetáculo, pelo júri do Festival e pelo Júri Popular. No mesmo ano participou do 3° FESTUDO- Festival Nacional de Teatro, recebendo os prêmios de: melhor ator, sonoplastia, iluminação e cenografia. Em 2000 foi o representante do MS e do Brasil no 2° Encontro Internacional do Zicosur “Pedro de La Barra”em Antofagasta, excursionando por 7 cidades do Chile. Ainda em 2000 participou do IX Festival Nacional de Monólogos Ana Maria do Rego”em Teresina-PI, recebendo o prêmio de melhor figurino , além de várias indicações. Em 2001 participou do 1° Festival Boca de Cena recebendo o prêmio de melhor ator para Espedito Di Montebranco. Desde então o Grupo resolveu abandonar os festivais competitivos, quando em 2011 participou do 30° Festival Sul-mato-grossense de Teatro, recebendo os prêmios de melhor: ator, sonoplastia, iluminação, cenografia e melhor espetáculo. Em 2011 abriu a 2ª Mostra Regional de Teatro de Jardim-MS e em 2012 participou dos Projetos Orla Cultural/FUNDAC Prefeitura Municipal de Campo Grande e 7 vezes do Projeto CENASOM/FCMS,5 vezes no Projeto SESC ENCENA e Temporadas Populares 2000 apresentando-se no Teatro Municipal de Dourados.
HISTÓRICO DO GRUPO
O Grupo Teatral Palco/Sociedade Dramática, nasceu há 25 anos em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul e em 2012 recebeu menção Honrosa da Assembleia Legislativa de MS por serviços culturais prestados ao Estado de MS.
Foi fundado em 1992 por Marcos Alexandre de Mello e em 1995 passou à coordenação de Espedito Di Montebranco. Em 2010 o coletivo resolveu acrescentar a denominação “Sociedade Dramática”, em homenagem ao primeiro Grupo Teatral da cidade de Corumbá, criado por jovens estudantes e moças da sociedade em 1920.
O Grupo Teatral Palco, Sociedade Dramática se consolida pela atuação incessante na busca do fazer e no aperfeiçoamento da qualidade técnica de seus componentes, atuando no cenário nacional e internacional das artes cênicas com mais de 40 prêmios dedicados às suas criações, participações internacionais e menções honrosas.
Dentre as várias marcas do grupo, destaca-se a acidez dos temas, a crítica social como elemento fundamental para a transformação da sociedade e a compreensão dos temas abordados. O constante trabalho de pesquisa em dramaturgia, direção, atuação e encenação são vividos a cada nova construção de espetáculo. Todos os componentes do Grupo buscam estudar técnicas de iluminação, criação de trilha, confecção de figurinos e direção cênica.
Buscando um maior intercâmbio e troca de conhecimento, os atores do grupo atuam ou dirigem outros trabalhos em vários grupos de MS.
O ATOR E DIRETOR – Espedito Di Montebranco é pernambucano, dramaturgo, iluminador, ator de teatro e televisão e diretor teatral. Começou sua vida artística em 1995 e desde então constam em seu currículo mais de 60 trabalhos em teatro, cinema e televisão e cerca de 40 prêmios dedicados as suas criações. É diretor do Grupo Teatral Palco, Sociedade Dramática (TPSD). Dirigiu 19 espetáculos, atuou em mais 22 e gravou mais de 60 comerciais para televisão e também várias campanhas políticas, além de ser dirigido por vários diretores renomados.
Foi funcionário público por cerca de 20 anos e abandonou a vida pública em 2000 para viver exclusivamente da arte. Formado em Artes cênicas em 2005, possui registro profissional de ator, diretor e iluminador. Participou de oficinas com vários profissionais como: Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Cacá Carvalho, Humberto Pedrancini, Jonas Bloch, dentre outros.
É professor de teatro e ministrou oficinas em vários espaços de Campo Grande, dentre eles: Projeto Nessa Rua Tem Talento, Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande, Unaes- Centro Universitário, Centro Cultural José Octávio Guizzo, além de vários municípios de MS.
É um dos criadores e organizadores do Festival Nacional de Teatro de Campo Grande (Festcamp), que em 2011 realizou a 5ª Edição, atingindo a marca dos 100 grupos participantes.
Estreou na literatura em 1984 quando foi premiado em 1º lugar no Concurso campo-grandense de Crônicas e Poesias “Campo Grande Meu Amor”, recebendo desde então mais de 15 prêmios em vários eventos poéticos e várias publicações em revistas especializadas.
No cinema, participou de 19 filmes.
Na dramaturgia possui vários textos encenados e premiados, dentre eles destacam-se: Equilibrio, Pobre Diabo Louco e Seu Discurso Para Moscas, Temos Vagas Para Sonhadores, Madalena – a menina que morava na parede, O Paridor de Poemas e o Espelho das águas, Socorro, minha casa é uma comédia, o Terceiro Quarto Amarelo e o Diário de um Homem SO’LO.
Teve os textos: Madalena, a menina que morava na parede e Socorro, minha casa é uma comédia escolhidos para serem lidos no Projeto “Salve a Língua de Camões” em Portugal nos anos de 2008 e 2012.
É iluminador desde 2000, com mais de 300 projetos de iluminação no curriculo e operando projetos de iluminação para várias companhias de dança, bandas musicais e espetáculos teatrais, destacando a circulação por 35 cidades e 13 estados brasileiros com o espetáculo “Cultura Bovina”? da Ginga Cia de Dança no Projeto Palco Giratório-Sesc .