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  • março 14, 2017

Pioneiro da comunicação sindical, Antônio Carlos Félix morre aos 85 anos

O jornalista e escritor Antônio Carlos Félix Nunes, 85, um dos pioneiros da comunicação sindical morreu na manhã desta segunda feira (13) de causa ainda não confirmada, no Hospital Regional, em Aquidauana, cidade a 140 quilômetros de Campo Grande.

Nascido em Itirapina (SP) e apenas com o antigo curso primário, Antônio Carlos Félix atuou em órgãos como a Folha de São Paulo e  criou o personagem “João Ferrador”, desenho de um operário que estampava as camisetas na época da Ditadura Militar, como forma de driblar a censura. 

Amigo do ex-presidente Lula,  Antônio Carlos teve serviços prestados ao jornalismo e cultura dos movimentos operários, como o jornal A Tribuna, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista.  Ele ele também foi editor do jornal “O Aroeira”, de Anastácio, em Mato Grosso do Sul.

Na década de 90 , Félix foi convidado para uma pescaria, em Aquidauana. “Me encantei com as belezas daqui, a natureza, a calma e a paz do lugar”, relatou na época. Aposentado por tempo de serviço, resolveu deixar “a loucura de São Paulo”, como relatou ao amigo e jornalista Armando Anache,  e se estabeleceu em Anastácio, onde comprou uma casa, de acordo com o site o Pantaneiro.

Em Anastácio, Aquidauana e em Mato Grosso do Sul, Félix também ficou conhecido pelo jornal que editou, “O Aroeira”. De cunho mais popular, e referência na região  pelo combate a oligarquia local, propôs um diálogo permanente com os trabalhadores da região. O nome, surgiu por causa da árvore, “imponente pelo seu porte, pela dureza da madeira e que carrega a fama de ser a mais resistente do pais”, como gostava de lembrar.

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