- outubro 19, 2017
Móveis confeccionados por reeducandos de Aquidauana são doados à Pestalozzi
Aquidauana (MS) – A aproximação do sistema prisional com a sociedade tem trazido bons resultados, desta vez, internos do Estabelecimento Penal de Aquidauana (EPA) contribuíram para a Associação Pestalozzi do município. Foram doados quatro bancos e uma mesa em madeira confeccionados por dois reeducandos.
A ação integra os trabalhos desenvolvidos pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e tem como objetivo ressocializar custodiados por meio da construção de novos valores e comportamentos.
Segundo o diretor do EPA, Marco Aurélio Silva Salles, as madeiras para desenvolver as peças foram doadas pelo pecuarista Nelson Scaff. “Essa iniciativa além de trazer ocupação produtiva aos internos também beneficia a comunidade e foi um sucesso, como gostaram muito dos móveis, a parceria deve continuar e outras peças serão fabricadas”, afirma.
Para a diretora da Associação Pestalozzi de Aquidauana, Fátima Midoguti Joia, a doação é muito proveitosa. “Estávamos necessitando muito desses materiais para incrementar nossas atividades didáticas em sala de aula, inclusive é notável perceber que são produtos confeccionados de ótima qualidade e com muita dedicação e carinho”, agradece a diretora.
Dando continuidade aos trabalhos, futuramente serão confeccionados pelos internos sete bancos tipo “namoradeiras” para distribuir em diversas áreas da instituição. Fundada há 33 anos, a Associação Pestalozzi de Aquidauana é uma entidade filantrópica sem fins lucrativos que atende, atualmente, 180 alunos portadores de necessidades especiais de todas as idades.
Os custodiados que participam dessa iniciativa recebem o benefício de remição da pena, conforme estabelece a Lei de Execução Penal (LEP), que prevê a cada três dias trabalhados se reduz um dia da pena.
Conforme o diretor-presidente da Agepen em substituição legal, Pedro Carrilho de Arantes, oferecer ocupação produtiva aos reeducandos é um meio para sair da ociosidade, além de possibilitar aprendizado e aperfeiçoamento em novas técnicas de trabalho. “Atuamos de forma integrada com diversos setores da sociedade e órgãos públicos para proporcionar o maior número possível de parcerias, e por meio das constantes ações realizadas se torna possível a reintegração social dos custodiados”, conclui o dirigente.