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  • fevereiro 6, 2017

Gabinete de computador personalizado por corumbaense é premiado em feira

O servidor público Maurycio Gyovanni, 38 anos, natural de Corumbá, cidade 419 km distante de Campo Grande, foi o campeão na categoria iniciante da competição de Casemod realizada durante a 10ª edição da Campus Party Brasil, maior feira de tecnologia do país que aconteceu entre os dias 31 de janeiro a 05 de fevereiro em São Paulo.

Casemod é uma técnica ainda pouco conhecida em Mato Grosso do Sul, onde um gabinete de computador tem sua parte técnica, para melhorar as funções de refrigeração, e estética personalizada.

Maurycio começou em 2003 a fazer projetos como um hobby, quando fez parte de um grupo de amigos que se reuniam para jogar jogos online aos fins de semana. Ele parou em 2011 com a atividade e retomou neste ano, quando voltou a compor o time de modders, designação dada a quem realiza esse tipo de trabalho, de duas empresas nacionais do segmento.

Na Campus Party, apresentou um projeto inspirado em uma personagem do jogo OverWatch, que lhe rendeu o primeiro lugar na competição, e obteve a nota de 9,5 dos jurados técnicos. “Foi o jogo que me fez voltar a jogar online e em menos de um ano tem 25 milhões de usuários. Fiquei apaixonado por ele e precisava fazer Casemod desse jogo. O destaque talvez tenha sido o tema”.

O funcionário público investiu R$ 10 mil no projeto. Com poucos patrocinadores, Maurycio arcou com grande parte do valor, precisando vender alguns itens pessoais para conseguir participar da competição.

“Na parte estética foram realizadas aerografia da personagem escolhida em uma das laterais, as demais foram trabalhadas a palheta de cores da personagem usando os mesmos tons. Uma janela superior foi aberta, onde foram colocados dois ventiladores de 120mm e acrílico, com detalhes inspirados também no tema. A lateral de acrílico foi encorpada com acrílicos desenhados a laser, e cores pintadas no tema. A frente foi composta por uma junção de 2 acrílicos sobrepostos dando uma impressão de 3D e reagente a luz ultravioleta. Já na parte interna toda pintura é reagente a luz ultra violeta e todo cabeamento foi refeito, utilizando capas da MDPC, empresa alemã que hoje possui representante no Brasil. Detalhes em acrílico e covers foram incorporados dando um visual único”, explicou.

“Foi na esperança de um futuro reconhecimento e porque gosto. Já fazia isso para mim, e o Casemod sobrevive em nosso país como paixão, porque as empresas cada dia menos acreditam nisso. Algumas pessoas da área da tecnologia apoiam, mas muita coisa tem que ser tirada do bolso”, afirmou.

Além da paixão em realizar os trabalhos, participar da competição foi uma forma de mostrar que Mato Grosso do Sul não é voltado apenas ao turismo ecológico e a produção rural, mas que existe potencial tecnológico para ser desenvolvido.“Tinha minha ideia em mente e fiquei muito feliz com o resultado, mostrar que não é bem assim. Quis mostrar a todos que o Mato Grosso do Sul não é somente onça, capivara e cobra, mas que aqui também pode-se brigar de igual com os demais Estados”, finalizou.

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