- agosto 20, 2017
Concurso para delegado usa pela 1ª vez aparelho contra fraudes
Secretário Carlos Alberto Assis fala sobre aplicativo para evitar fraudes (Foto: Marcos Ermínio)
O governo estadual, em parceria com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), está usando um aparelho para identificar eventuais fraudes no concurso público da Polícia Civil, ao cargo de delegado. Esta informação foi repassada pelo secretário estadual de Administração, Carlos Alberto Assis, no local da prova, na unidade da Uniderp.
O aparelho, segundo o secretário, consegue detectar frequências anormais de celulares e pontos eletrônicos, mostrando aos organizadores da prova, inclusive que sala de sala, pode estar a eventual fraude. “Tem um alcance de até 470 metros e será importante para que o processo seja limpo e tenha lisura, já que falamos do maior concurso do Estado”, disse Assis.
Ele ponderou que esta tecnologia foi usada durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro, no ano passado, e ainda adiantou que não houve custo algum para o Estado. A presidente da comissão do certame, a delegada Maria de Lurdes Souza Cano, ainda ressaltou que em outros concursos, pessoas foram presas, após esquema para burlar a fiscalização.
“Contratavam professores que faziam a prova, depois saiam e repassavam as respostas por ponto eletrônico, mas em dois casos foram identificados e presos. Se houver esta situação hoje (20), os suspeitos seguem direto para delegacia e podem ser presos em flagrante”.
A delegada ainda adiantou que é feita uma “investigação social” dos candidatos, que segue da época de inscrição, até a última fase do concurso. “É uma exigência da Polícia Civil, mesmo que em outros lugares não sejam cobrados”.
Candidatos – Assis ainda destacou que foram 9.770 inscritos para o concurso de delegado, tendo 30 vagas disponíveis, sendo que contando os demais cargos chega-se a 38.260 pessoas participando da seleção, que ainda tem provas no dia 17 de setembro, para investigador e escrivão.
O secretário também citou o grande número de candidatos que vieram de fora do Estado, como de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e da região Nordeste. “Eles planejaram as viagens e estão disputando as vagas, por isso precisamos de uma seleção com lisura e credibilidade”.
O trânsito na unidade da Uniderp, que fica na Avenida Ceará, está lento no momento, devido a chegada dos últimos candidatos, antes do fechamento do portão, marcado para às 14h. Eles terão cinco (horas) para terminar o exame, que tem 100 questões previstas. A partir da quarta hora de duração, já poderão deixar o local.