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  • setembro 8, 2023

Brasil é o 5º país no mundo em número de pessoas com depressão

Brasil é o 5º país no mundo em número de pessoas com depressão

E se depressão fosse câncer? Porque não falamos de remissão no tratamento das doenças mentais

 

A campanha do Setembro Amarelo tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção do suicídio, mas também é uma oportunidade para discutir a remissão da depressão.

Para Carmita Abdo, psiquiatra e professora do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a depressão é uma doença mental que, assim como o câncer, pode ser grave e incapacitante, mas que muitas vezes é estigmatizada e não é vista como uma doença. “Tão grave quanto o câncer, a depressão não gera a mesma solidariedade e empatia nas pessoas graças ao preconceito e à falta de informação”, afirma.

Segundo estatísticas, no Brasil a depressão provoca incapacidade maior que muitos tipos de câncer, mesmo quando comparada aos mais prevalentes, como os tumores de pulmão e de mama. “Esse é um dado muito significativo, mas que não é levado em conta na prática, pois, apesar de doenças semelhantes em termos de ônus tanto para paciente e familiares quanto para o Estado, ainda são encaradas de maneira completamente diferentes, seja pela sociedade, pelo poder público e até pelos profissionais de saúde”, explica. A depressão impacta mais que os cânceres de mama e pulmão em anos de vida perdidos por incapacidade.

No entanto, a especialista esclarece que, assim como na oncologia, existem caminhos possíveis que permitem alcançar a ausência total dos sintomas. “Se for diagnosticado precocemente e receber o tratamento adequado já no primeiro episódio depressivo, o paciente tem muitas chances de ter uma vida livre da doença. Mas com manejo inapropriado e demora na detecção do quadro, o indivíduo pode se tornar resistente ao tratamento e terá mais dificuldade de recuperação”, ressalta Carmita.

A depressão é uma doença mental que precisa ser tratada com urgência, sem demora. Seu tratamento consiste na combinação entre medicamentos e o acompanhamento psicoterápico. Entretanto, em alguns casos, o uso das medicações convencionais pode não resultar na melhora do quadro. É a chamada depressão resistente ao tratarmento (DRT), um subtipo de depressão que, em comparação a não resistente, está mais associada com comorbidades psiquiátricas e não psiquiátricas (ex. doenças cardiovasculares), além de um risco de suicídio 7 vezes maior.

O Brasil é o 5º país no mundo em número de pessoas com depressão. Dados do estudo observacional TRAL (Treatment-Resistant Depression in America Latina), realizado pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, com quase 1.500 pacientes na América Latina, demonstraram que no Brasil um em cada quatro pacientes tem DRT. Pesquisas mostram ainda que, a cada novo episódio, as chances de responder ao tratamento padrão diminuem consideravelmente. Outro dado preocupante que o estudo TRAL aponta é que 35,2% das pessoas com DRT estavam com ideação suicida naquele momento e 28,4% já haviam tentado tirar a própria vida pelo menos uma vez. “Sem o tratamento apropriado o paciente pode evoluir para ideação suicida e o desfecho é sempre imprevisível. Por isso tratar a depressão o quanto antes é urgente, pois suicídio não se trata, se previne”.

Além disso, Carmita alerta para outro fator pouco comentado, mas que impacta muito a vida do paciente não tratado adequadamente: as sequelas deixadas pela doença podem permanecer para sempre. “A depressão pode se tornar crônica e, nesses casos, a pessoa precisará de tratamento ininterrupto. São sintomas residuais como fadiga, insônia, dificuldade de concentração, falta de motivação e que podem até prejudicar a parte cognitiva”, adverte, pontuando que a ideação suicida é a mais grave das consequências. “Precisamos impedir esse quadro com muita insistência, perseguir a remissão para evitar a cronificação dos sintomas e ter uma abordagem cuidadosa”, diz.

A médica acredita que é possível manter a esperança e tem a percepção de que estamos caminhando para possibilidades inéditas no tratamento da depressão. “Atualmente já existem novos medicamentos aprovados pela ANVISA capazes de trazer esse paciente de volta ao convívio social. Por que decretar que essa pessoa vai ter pouca qualidade de vida, se essas possibilidades já existem?”, indaga. E conclui: “Aumentando a disseminação de informações sobre a doença, educando e conscientizando a sociedade, vamos conseguir quebrar essa barreira de estigma e ampliar as chances de remissão da depressão”.

MOVIMENTO FALAR INSPIRA VIDA

Criado em 2020, com o objetivo de requalificar a conversa sobre Depressão e Suicídio, por meio do conhecimento, contribuindo para uma sociedade mais preparada e acolhedora o Movimento Falar Inspira Vida é uma iniciativa liderada pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, em parceria com SESI, Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), Centro de Valorização da Vida (CVV), Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (IPq – HCFMUSP), Departamento de Psiquiatria da UNIFESP, Associação Crônicos do Dia a Dia (CDD), Instituto Vita Alere, HubRH+, revista VEJA Saúde e Editora Abril.

Por meio do site do Falar Inspira Vida é possível baixar três guias práticos sobre depressão produzidos pelo movimento, cada um focado em um público diferente:

  1. Depressão: quando conhecimento e diálogo inspiram a vida – para o público geral, traz exemplos e dá sugestões de como mudar a forma de falar sobre depressão, acolher quem precisa de ajuda e engajar na busca por ajuda médica;
  2. Papo reto sobre saúde mental – focado em adolescentes e jovens;
  3. Depressão: como acolher no ambiente de trabalho – direcionado a todos os agentes do ambiente corporativo, de líderes a colaboradores, conscientizando sobre a responsabilidade de todos para a preservação da saúde mental no trabalho.

Além disso, o internauta também tem acesso ao game Jornada do Acolhimento, jogo online que aborda os desafios que fazem parte da realidade dos milhões de brasileiros com depressão. E ainda pode assistir ao documentário “Existir e Resistir: o Desafio da Depressão”, produzido em parceria com o Discovery Channel, que tem o objetivo de requalificar a conversa sobre a depressão por meio das histórias de seis pacientes que aprenderam a lidar com a doença.

SOBRE A JANSSEN 

Na Janssen, estamos criando um futuro no qual as doenças sejam parte do passado. Somos a empresa farmacêutica da Johnson & Johnson, trabalhando incansavelmente para fazer com que esse futuro seja uma realidade para pacientes de todos os lugares, combatendo as doenças com ciência, melhorando o acesso com engenhosidade e curando a falta de esperança com paixão. Focamos as áreas da medicina em que podemos fazer a maior diferença: Oncologia e Hematologia; Imunologia; Neurociência; Doenças Infecciosas e Vacinas; Hipertensão Pulmonar; e Cardiovascular e Metabolismo. Para saber mais, acesse Link. Siga a Janssen Brasil no Instagram, no Facebook e no LinkedIn, e também a página de Carreiras J&J Brasil no Instagram, no Facebook e no LinkedIn.

A Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda. é uma empresa da Janssen Pharmaceutical Companies of Johnson & Johnson.

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