- setembro 8, 2017
Aquidauanense que mora no Texas relata desespero com furacão
Rosana perdeu casa e carro com a forte tempestade; ela e a família estão abrigados na casa de amigos
Natural de Aquidauana, Rosana Holden, de 43 anos, está morando nos Estados Unidos há 20 anos. Ela mora em Houston, no estado do Texas há 14 anos conta o desespero que passou com a família durante a passagem do furacão Harvey. “Foi a primeira vez que vi um desastre assim”, disse.
O estado foi atingido pela tempestade que chegou no fim do mês de agosto deixando um rastro de destruição, além de milhares de casas danificadas, pessoas feridas e ao menos 60 pessoas mortas. Esse é considerado o furacão mais poderoso a atingir o Texas em mais de 50 anos.
Rosana, que é promotora de eventos, mora com o marido e os dois filhos em Houston. Ao Campo Grande News, ela disse que foi tudo muito rápido. “A gente não esperava que a água da chuva ia entrar. Eu entrei em pânico com a minha família. A gente estava dentro de casa há dois dias sem água e sem luz”, relatou.
Ela ainda disse que o desespero maior era porque a água não parava de subir e o resgate só chegou na segunda-feira (4) por volta das 12h. “Foi horrível, ficamos ligando para o resgate e para nossos amigos sem parar. Fiquei o dia e a noite inteira tentando sair eu entendo eles [resgate] também porque não tinha pessoas suficientes para nos socorrer a cidade de Houston estava quase toda alagada”, afirmou.
Segundo Rosana, além da casa, a família também perdeu carro. “Não deu pra salvar nada”, lamenta.
Agora a família está no apartamento de amigos. “Não sei quando vai começar o processo de reconstruir de novo. Estamos na fila de espera e não tem como entrar na casa por um bom tempo porque minha casa ficou por quatro dias debaixo d’água, então o cheiro está insuportável”, explicou.
Ainda segundo Rosana, há bairros onde a água ainda não baixou completamente. O bairro em que ela mora, Springs, a inundação já acabou, mas as ruas ficaram irreconhecíveis pela sujeira e a quantidade de lixo na frente das casas. “Agora nos resta esperar”, concluiu.