Animais silvestres fazem parte da rotina do Humap-UFMS

Nesta sexta-feira (14/03) foi comemorado o Dia Nacional dos Animais. No Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS/Ebserh), além dos cachorros fofinhos do projeto Cãoterapeuta, que visitam os pacientes pediátricos frequentemente, há outros animais que fazem parte da rotina.

Tatus, jiboias, capivaras, jacarés, araras, jabutis, mutums, cutias, saguis e aves raras são vistos com regularidade pelos colaboradores, pacientes e visitantes do Humap-UFMS, já que o hospital está situado ao lado de uma área de preservação ambiental da UFMS.

A chefe da Divisão de Enfermagem do Humap-UFMS, a enfermeira Lurdes Regina Barbosa Areco, sempre filma e fotografa os animais que encontra pelo caminho, e diz que as reações são variadas. “Depende do animal. Alguns despertam curiosidade, outros encantam pela beleza, e há aqueles que impõem respeito, como o jacaré e a jiboia. No geral, as pessoas ficam admiradas com a riqueza da fauna ao nosso redor, especialmente quando se deparam com animais menos comuns na cidade”.

O Humap-UFMS adota diversas medidas para impedir que os animais silvestres entrem no Hospital e, assim, preserva a integridade física e emocional dos pacientes, acompanhantes e colaboradores, e também dos animais. “No último ano trocamos a cerca, que era uma cerca antiga, de tela, colocando uma cerca mais resistente, uma tela soldada, para preservar o espaço desses animais, para que eles possam ter uma barreira para não entrar nessa área do hospital, mas que se torna ainda visível por parte dos nossos pacientes. Para poderem olhá-los e admirá-los”, explica o chefe da Divisão de Logística e Infraestrutura Hospitalar do Humap-UFMS, Paulo Sérgio Martins Régis.

Quando as equipes do Humap percebem o aparecimento de animais dentro da área do Hospital, que ultrapassam a cerca, há uma relação muito tranquila, respeitosa. Os vigilantes são orientados a observar e monitorar, para que eles não entrem nas áreas edificadas. “Eles passam um tempinho buscando alimentos, gramíneas, e logo regressam para o espaço deles. Raramente há intervenção humana para retirada. Só quando as serpentes, em especial as jiboias, ficam na cerca e chamam muita atenção, começam a parecer pessoas mais curiosas, aí a gente aciona o pessoal da Biologia, da UFMS, que eles têm toda a técnica, retiram da cerca e colocam em uma área mais segura”, salienta Paulo.

Por fim, o chefe da Divisão de Logística e Infraestrutura Hospitalar destaca que a relação entre as pessoas e os animais silvestres é bastante harmoniosa e terapêutica. “Diante dessa diversidade de animais que aparecem aqui, é uma convivência muito harmoniosa. Os pacientes e colaboradores conseguem ver esses animais através das janelas, tiram fotos e enviam nos grupos familiares e de amigos. Tem pessoas que às vezes nunca viram um animal como esses tão de perto. É muito bom conviver numa área que tem essa reserva ambiental tão preservada e com uma diversidade de fauna que nos permite um olhar e um momento de distração, em especial para os pacientes que, muitas vezes, estão aqui em longa permanência”.

Rede Ebserh

O Humap-UFMS faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.