Drone ganha espaço na pulverização, mas ainda demanda pesquisa, afirma palestrante

Durante o Showtec pesquisador abordou os cuidados necessários para o uso do drone na pulverização

Em termos de comparação do drone com as demais modalidades de aplicação, é necessário realizar uma extensa pesquisa. Ainda precisamos de muitas investigações para alcançar maturidade e estabilidade nas respostas de controle de doenças e pragas, por meio dessa tecnologia. A constatação é do pesquisador Dr. Rone Batista de Oliveira, da UENP, que palestrou nesta quarta-feira (22) no painel “Aplique com eficiência”, durante o 27º Showtec, que acontece em Maracaju (MS).

Sobre a utilização do drone na agricultura, o pesquisador da Fundação MS, André Lourenção, defende que a tecnologia ganhou muito espaço a partir de uma demanda real. “Às vezes, no mercado, você tem uma demanda muito forte, muito latente. E é nesse momento que um produto ganha o mercado, com muita força. O drone é um equipamento mais leve, inclusive financeiramente. Mas é preciso avaliar se ele consegue ter eficiência tão boa quanto um pulverizador, então ainda faltam alguns dados, mas já tem muita gente usando. A Fundação MS utiliza em várias de nossas áreas, então não há dúvidas de que vai aumentar muito esse mercado”.

A aposta do pesquisador é de que o drone seja mais uma ferramenta de soma, mas não deve substituir completamente. “Ele vai ganhar mercado, talvez não substitua o pulverizador. Pode ser que funcionem em conjunto, porque o pulverizador faz áreas maiores, e talvez não criem um drone que atinja uma área de aplicação tão grande quanto um Uniport, por exemplo. Mas o drone vai ganhar espaço, vai ter drones maiores, mais modernos, eficientes, então é um caminho realmente muito importante que essa tecnologia está tomando”, completa Lourenção, também coordenador do Showtec.

Para o palestrante, o drone vai agregar muito aos agricultores, mas ele tem as mesmas exigências, ou até mais, do que as outras modalidades de aplicação. “Seja uma aeronave agrícola ou um autopropelido, todos têm as mesmas exigências. É preciso verificar peso, calibração, a questão do preparo de calda para uma aplicação com drone, a sequência de misturas, o entendimento dos tipos de produtos, do posicionamento dos produtos, para que eu faça uma pré-mistura que não gere uma incompatibilidade entre o abastecimento e a aplicação”, tudo isso precisa ser levado em conta”, destaca Rone Batista de Oliveira.

O evento

O Showtec 2024 continua com sua programação até esta quinta-feira, 23 de maio. Consolidado como o maior evento Agro do estado, a expectativa desta 27ª edição, de acordo com a Fundação MS, é de atrair cerca de 28 mil pessoas nos três dias de programação, que pode ser conferida no site https://portalshowtec.com.br.

Fonte: https://www.agroa.com.br (Diego Silva)