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  • abril 9, 2023

Pragas urbanas, pombos causam preocupação com transmissão de doenças em Campo Grande

Pragas urbanas, pombos causam preocupação com transmissão de doenças em Campo Grande

Basta andar por Campo Grande para encontrar os  perambulando por aí, seja nas praças ou nas calçadas, aves muitas vezes passam despercebidas, mas também geram preocupação quanto à transmissão de doenças.

Os pombos urbanos não são animais nativos da fauna brasileira, uma vez que foram introduzidos por imigrantes europeus no século 16 com a colonização do território. Aves se adaptaram à região e, atualmente, são consideradas pragas urbanas. Dessa forma, os pombos instalam-se em forros, beirais de telhados, caixas de ar-condicionado, edifícios, galpões, etc. Motivo de transtorno entre moradores, a espécie causa estragos nos imóveis e transmitem doenças zoonóticas aos humanos.

Dentre as zoonoses que podem ser transmitidas por pombos, destacam-se:

  • Salmonelose: doença infecciosa provocada por bactérias. A contaminação ao homem ocorre pela ingestão de alimentos contaminados com fezes dos animais.
  • Criptococose: doença provocada por fungos que vivem no solo, em frutas secas e cereais e nas árvores; e nos excrementos de aves, principalmente pombos.
  • Histoplasmose: doença provocada por fungos que se proliferam nas fezes de aves e morcegos. A contaminação ao homem ocorre pela inalação dos esporos (células reprodutoras do fungo).
  • Alergias e dermatites.

Essa espécie está distribuída em todo o mundo, sendo mais grave nas áreas urbanas. Na capital, moradores se incomodam com o seu aparecimento devido aos riscos apresentados.

Sujeira, barulho e doenças

Elcy Claudino, 60 anos, é assistente social e mora em condomínio do bairro Santa Luzia, de Campo Grande. Ela conta ao Jornal Midiamax que vive uma luta contra os pombos há 9 anos, desde que se mudou para região com o filho, de 40 anos, e a neta, de 10.

Ela explica que já tentou de todas as formas reduzir a população de pombos na sua casa – como instalação de telas, cola especial nas caixas de ar-condicionado, higienização e demais medidas orientadas pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) – mas aves sempre acabam voltando.

“Os carros dos condomínios ficam todos sujos. Quando tem muitos pombos a gente aciona o CCZ, que vem fazer a dedetização. Mas eles voltam. Tem os barulhos, principalmente à noite, a sujeira também é complicada porque dá muitos problemas respiratórios. Eu preciso limpar meu ar-condicionado várias vezes ao ano”, explica a moradora.

pombos
(Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Manejo de pombos

Dessa forma, o CCZ orienta a população a instalar barreiras físicas, manutenção predial, reparos e limpezas para evitar o aparecimento de bombos. Além disso, ressalta que o extermínio dos bichos é crime.

Para a permanência de pombos em determinado local, são necessários quatro fatores ocorrendo: abrigo, acesso ao abrigo, alimento e água disponíveis. É então recomendado realizar manejo ambiental nos locais onde ocorre o problema. O extermínio desses animais é crime. O  do manejo com a utilização de barreiras físicas é suficiente para afastar essas aves das edificações infestadas. Outra recomendação importante é não oferecer nem deixar disponíveis alimentos para esses animais”, informa o Centro de Controle de Zoonoses.

Portanto, é necessário deixar o lixo com restos de alimentos bem ensacados, não deixar rações disponíveis o dia todo e cuidar do ambiente domiciliar para evitar o aparecimento dos bichos.

Além disso, o CCZ realiza vigilância zoossanitária e orientações de manejo nos locais onde ocorre infestação, mediante solicitação da população através dos telefones 2020-1796 (horário comercial) e 3313-5000 (das 7h às 21h).

Medidas de prevenção

Outras medidas de prevenção e controle elencadas pelo Ministério da Saúde são:

  • Retirar ninhos e ovos;
  • Umedecer as fezes dos pombos com desinfetante antes de varrê-las;
  • Utilizar luvas e máscara ou pano úmido para cobrir o nariz e a boca ao fazer a limpeza do local onde estão as fezes;
  • Vedar buracos ou vãos entre paredes, telhados e forros;
  • Colocar telas em varandas, janelas e caixas de ar-condicionado;
  • Não deixar restos de alimentos que possam servir aos pombos, como ração de cães e gatos;
  • Utilizar grampos em beirais para evitar que os pombos pousem;
  • Acondicionar corretamente o lixo em recipientes fechados;
  • Nunca alimentar os pombos.

Assim, o  ressalta a importância de controlar a população desses animais na comunidade para aves procurarem locais mais adequados para viverem. Um pombo na cidade vive em média 4 anos, enquanto em seu ambiente natural pode viver até 15 anos.

 

 

 

Fonte: https://midiamax.uol.com.br/

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