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  • dezembro 29, 2022

Programa Nacional de Hidrogênio caminha para transformar Brasil em protagonista global na produção com energia renovável, diz ABSOLAR

Programa Nacional de Hidrogênio caminha para transformar Brasil em protagonista global na produção com energia renovável, diz ABSOLAR

Para a entidade, proposta de plano trienal ajuda a criar bases para mercado competitivo de hidrogênio verde no País, a partir de fontes renováveis, como solar e eólica

Dezembro de 2022 – O plano de trabalho trienal (2023-2025) do Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), lançado no dia 15 deste mês pelo Ministério de Minas e Energia (MME), é um passo importante para o desenvolvimento de um mercado competitivo de hidrogênio de baixo carbono no Brasil e ajuda a criar condições para consolidar o País como protagonista mundial na geopolítica de transição energética com o hidrogênio verde (H2V), que é produzido a partir de fontes renováveis, como solar e eólica.

A análise é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Segundo a entidade, o plano contempla aspectos cruciais para o desenvolvimento do mercado no País, incluindo base tecnológica, infraestrutura e capacitação de mão de obra. Sobretudo, traz diretrizes para planejamento energético, criação de arcabouço legal-regulatório, abertura e crescimento de mercado doméstico e de exportação e condições para cooperação internacional. O plano apresentado também prevê revisão anual para se adaptar à maturidade da tecnologia e do mercado.

Pela avaliação da associação, que colaborou com a elaboração do plano e teve várias propostas de ações acatadas pelo MME, o mercado de H2 mundial vai crescer fortemente nos próximos anos, passando de um setor de US$ 110 bilhões em 2019 para mais de US$ 200 bilhões em alguns anos, e migrar de uma produção majoritariamente a partir de fontes fósseis para o H2V.

“Diversos países estão se movimentando no âmbito desse vetor energético, como solução de descarbonização das economias e dos processos produtivos e, por isso, a importância do Brasil se posicionar como um dos principais produtores, de forma sólida e rápida, tendo em vista a vocação do País para a produção de energia renovável competitiva e com escala, além de seu grande potencial de demanda doméstica”, comenta Camila Ramos, vice-presidente de Investimento e Hidrogênio Verde da ABSOLAR.

A executiva também ressalta a necessidade de priorização das fontes renováveis para produção do hidrogênio, uma vez que todo o racional para o crescimento desse setor é a descarbonização. “Outro ponto importante do plano é o mapeamento e estudo da competitividade da cadeia de valor do hidrogênio de baixo carbono, inclusive como forma de identificar oportunidades e gargalos para o Brasil e de identificar políticas públicas para incentivos”, acrescenta Camila.

Já Eduardo Tobias, coordenador da força-tarefa de Hidrogênio Verde da ABSOLAR, acredita que o plano poderia ser mais ambicioso em seu planejamento trienal, sobretudo no atingimento dos objetivos de descarbonização da economia brasileira e a contribuição para a transição energética global. “O texto apresentado tem uma abordagem agnóstica em relação às rotas de produção do hidrogênio, inclusive trata de forma agnóstica o hidrogênio verde e o hidrogênio cinza (a partir do gás natural sem captura de carbono). Esse fato preocupa a associação pois pode incentivar e alocar recursos para rotas de produção que não contribuem para a descarbonização da economia”, aponta.

Além disso, o plano não prevê no próximo triênio o estabelecimento de metas de produção e consumo do H2V. Também não considera medidas objetivas e concretas para fomentar o consumo do combustível de origem renovável nos próximos anos, em substituição ao atual consumo doméstico do hidrogênio e derivados (e.g. amônia e metanol), produzidos a partir de combustíveis fósseis e, em grande medida, importados.

“Neste sentido, a ABSOLAR mobilizará seus mais de 120 associados atualmente engajados na Força Tarefa de H2V para avaliar, em detalhe, a proposta do Plano Trienal e contribuir, no âmbito na Consulta Pública nº 147 do MME, com propostas de aperfeiçoamentos e no complemento das ações apresentadas”, conclui Tobias.

Sobre a ABSOLAR

Fundada em 2013, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) congrega empresas e profissionais de toda a cadeia produtiva do setor solar fotovoltaico com atuação no Brasil, tanto nas áreas de geração distribuída quanto de geração centralizada. A ABSOLAR coordena, representa e defende o desenvolvimento do setor e do mercado de energia solar fotovoltaica no Brasil, promovendo e divulgando a utilização desta energia limpa, renovável e sustentável no País e representando internacionalmente o setor solar fotovoltaico brasileiro.

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