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  • janeiro 26, 2017

Safra da soja começa em MS com previsão de colher 7 mi de toneladas

Previsão aumenta produtividade de 49,5 sacas para 51,5 sacas. (Foto: Helio de Freitas)Previsão aumenta produtividade de 49,5 sacas para 51,5 sacas. (Foto: Helio de Freitas)

Mato Grosso do Sul inicia hoje, oficialmente, a colheita da safra de soja 2016/2017. A previsão é de colher 7,6 milhões de toneladas, montante 5,5% maior que na safra passada. As expectativas também são boas para a produtividade que subiu de 49,5 sacas por hectare para 51,5 sacas.

Entre os municípios, Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, se destaca como o segundo maior produtor de MS. Não por acaso, foi lá o evento de lançamento da colheita nesta manhã, com previsão de colher 630 mil toneladas de soja contra 608 mil na safra anterior.

A governadora em exercício, Rose Modesto (PSDB), esteve no evento e disse que o agronegócio traz equilíbrio e representa a esperança no país. “A abertura da safra nacional em MS é motivo de orgulho e mostra a importância do Estado no setor, que é quinto maior produtor de soja no país”.

De acordo com ela, cabe ao governo oferecer a estrutura que o produtor precisa como estradas em condições para escoar a safra. Diante disso, lembrou que em 2016, o governo investiu R$ 150 milhões do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de MS) para recuperar 3 mil km de estradas de terra para atender produtores rurais. E a meta é chegar a 5 mil km em 2017.

Rose Modesto e demais autoridades no evento desta manhã. (Foto: Helio de Freitas)Rose Modesto e demais autoridades no evento desta manhã. (Foto: Helio de Freitas)

O ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, disse que o agronegócio é responsável por 22% do PIB (Produto Interno Bruto) do país e por quase metade das exportações. “Não faltou alimento na mesa do brasileiro com a crise, porque esse setor jamais deixou de acreditar no Brasil, mesmo com tantas decepções”.

Segundo ele, a meta do ministério é desburocratizar e simplificar para ampliar o apoio ao produtor rural. Em cinco anos, o Mapa quer passar de 7% para 10% a participação do agro no mercado mundial.

“O produtor apontou a burocracia como principal entrave do governo ao setor. Quase 300 demandas do setor serão resolvidas. A maioria é de simples solução. Só faltava vontade política”, disse.

O presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária), Maurício Saito, ressaltou o setor ai dizer que até 2050, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), mundo terá aumento de demanda de 70% por alimentos.

“Somos imprescindíveis para esse objetivo e temos de melhorar nossa comunicação com a população, mostrar a importância da agricultura para o mundo”

Foi realizada solenidade na manhã de hoje, em Ponta Porã.  (Foto: Helio de Freitas)Foi realizada solenidade na manhã de hoje, em Ponta Porã. (Foto: Helio de Freitas)

Polêmica – Claro que durante o evento, as autoridades ligadas ao agronegócio não iam deixar de, mais uma vez, criticar o samba e enredo da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, que este ano tem como tema “Xingu – O clamor que vem da Floresta”.

Com discurso inflamado e focado no assunto, o presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa, criticou enredo da escola de samba. Disse que o Brasil só ocupa 8% do território com agricultura, sendo 3% com soja e “já faz um barulho no mundo todo”. Para ele, “o desafio é aumentar a produtividade para produzir mais grãos e dar uma resposta aos críticos”.

Marcos foi além ao dizer que “ensinam coisas erradas nas escolas dos nosso filhos”, ressaltando que que a visão que se tem da agricultura tem que começar mudando a propaganda negativa nas escolas.

Segundo ele, a soja emprega 7,5 milhões de pessoas no país e que a população pode consumir produtos da agricultura sem medo. “Podem comer abobrinha. A Anvisa atesta que nossos produtos são seguros, porque o agrotóxico usado não deixa resíduos a ponto de fazer mal para a saúde“.

A deputada federal Tereza Cristina (PSB), também fez suas considerações sobre o tema, dizendo que “a produção de soja é a locomotiva do Brasil. Ameaçamos o mundo mas ainda precisamos ser conhecidos. Ainda tem gente que insiste em falar mal do agro brasileiro. Nós somos bons”.

Ela ainda criticou quem acusa o produtor de acabar com o meio ambiente.”Produzindo alimentos vamos desconstruir essa ideologia contra o agro. O produtor precisa do mínimo de tranquilidade para poder produzir. MS é uma Ferrari só precisam deixar a gente colocar gasolina azul para disparar”.

 

 Autoridades durante a colheita hoje. (Foto: Helio de Freitas)Autoridades durante a colheita hoje. (Foto: Helio de Freitas)

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