- setembro 5, 2017
Ribeirinhos do Pantanal recebem novos equipamentos de segurança
Macacões e botas protegem os trabalhadores na rotina de pesca
Os ribeirinhos da região pantaneira receberam, na última semana, novos macacões para proteção durante o trabalho de pesca. O ‘uniforme’ integra os chamados EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), e contempla a comunidade Barra do Rio São Lourenço, a 220 quilômetros do município de Corumbá, distante 419 km da Capital.
A ação é do MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul), que explica, por meio da assessoria de imprensa, que mais de cem pessoas vivem no local. Os macacões impermeáveis foram entregues junto com botas, proteção necessária aos catadores de iscas. No total, 40 macacões foram entregues. O MPT-MS pontua que a atividade dos trabalhadores é a principal geradora de renda na região.
“É um conforto para o Ministério Público do Trabalho reverter recursos, provenientes de acordo com empresas que descumpriram a legislação trabalhista, para condições mínimas de saúde e segurança de pessoas que vivem isoladas e merecem a atenção do poder público”, comentou a procuradora do Trabalho Rosimara Delmoura Caldeira, coordenadora da expedição.
Trabalho precário – A visita da equipe da Procuradoria do Trabalho à comunidade também foi marcada pelos relatos de insegurança na rotina de trabalho. Conforme explica a assessoria de imprensa, os trabalhadores correm riscos diários com picadas de cobras, ataques de jacarés e doenças decorrentes do serviço submerso.
“Um jacaré atacou meu irmão, que não estava protegido e teve os dedos do pé perfurados. Aqui não temos posto de saúde; então, ser atingido por um animal ou pegar uma micose, uma coceira, é um risco grave para a nossa saúde”, relatou Leonora de Souza, 47 anos.
O local só pode ser acessado por via fluvial e, segundo relata a assessoria de imprensa, a equipe da Procuradoria visitou outros locais que carecem de atenção, a exemplo das escolas. “A Escola Municipal Rural Polo Barra do São Lourenço, por exemplo, atende a quase 40 crianças e adolescentes da comunidade, sendo que 13 alunos permanecem alojados em razão da distância e do difícil acesso para conseguir estudar. A unidade passa, atualmente, por uma reforma em suas instalações”, comentou a Procuradoria.