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  • outubro 16, 2017

Campanha da Fraternidade 2018 é discutida em MS

Com o intuito de discutir as ações que integrarão a Campanha da Fraternidade de 2018, que tem como tema “Fraternidade e superação da Violência”, o Regional Oeste 1, reuniu representantes de diferentes repartições públicas e instituições sociais, que apresentaram o perfil sobre os vários aspectos da violência em Mato Grosso do Sul. Os dados apresentados servirão de ponto de partida para as ações que a Igreja irá realizar no regional durante o próximo ano.

A temática foi discutida durante a 55ª Assembleia Geral Ordinária de Pastoral do Povo De Deus, realizada dentre os dias 14 e 15 de outubro em Campo Grande. A convite de Dom Dimas Lara Barbosa, Arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande e presidente do Regional Oeste 1, Bispos e coordenadores de pastorais do regional, participaram das discussões e diante dos altos índices de violência constatados no Estado, os participantes reforçaram a urgência de se trabalhar a superação da violência em todos os aspectos da nossa sociedade.

“As discussões foram ótimas e mostraram a amplitude da realidade do tema que abordaremos na Campanha da Fraternidade do ano que vem. Vimos que a violência é um tema que está presente em todas as comunidades e que acomete todas as realidades. Teremos um grande desafio e um amplo campo de trabalho que contará com a união de todas as pastorais e movimentos da nossa Igreja para juntos darmos um importante passo para a superação da violência e a valorização da vida”, disse Dom Dimas.

Durante as apresentações a presidente da Xaraes Consultoria e Projeto, Aparecida Gonçalves, disse que o Brasil é o quinto país onde mais se mata mulher, sendo que as cidades sul-mato-grossenses de Aparecida do Taboado, Amambai e Caarapó estão entre as 100 cidades brasileiras com a maior incidência de assassinatos de mulheres.

Sobre a juventude, a promotora Vera Aparecida Cardoso Bogalho Frost Vieira, titular da Promotoria da Infância e Juventude de Campo Grande, comentou que vê a urgência da elaboração de políticas públicas que atuem de forma preventiva. Segundo ela, grande parte dos adolescentes que cometem infrações e são encaminhados para as Unidades de Educação de Internação em Mato Grosso do Sul, têm em comum a desestabilização familiar e o uso de drogas. A partir desses índices, as infrações avançam para roubos, tráfico e até mesmo, latrocínio.

O juiz federal aposentado, Odilon de Oliveira, que também participou dos painéis, enfatizou a necessidade do fortalecimento da Família, tendo em vista, que ela é a matriz geradora da vida e, como muitas crianças têm crescido em um ambiente desestabilizado e repleto de violência, ela acaba refletindo essa criação, dando continuidade a violência e a desvalorização da convivência fraterna e da vida. “Temos que conscientizar os pais de que eles exercem uma função delegada por Deus. Se queremos um futuro melhor, temos que trabalhar no fortalecimento e na valorização das famílias”, disse o ex-juiz federal que viaja o Brasil ministrando palestras.

Outras formas de violência como as mortes no trânsito, atentados aos povos indígenas, aos idosos, às relações sociais e a vida em sua totalidade também foram apresentadas pelo médico psiquiatra, José Carlos Rosa Pires de Souza; o Procurador da República, Emerson Kalif Siqueira; a chefe da divisão de educação do Detran/MS, Inês Pereira Esteves; o membro titular da Comissão Regional de Justiça e Paz, Lairson Palermo e a coordenadora diocesana da Pastoral da Pessoa Idosa, da Diocese de Dourados, Alice Rosa Viegas.

 

Todos os temas foram debatidos em grupos e servirão de ponto de partida para a elaboração das ações que serão desenvolvidas pela Igreja em Mato Grosso do Sul durante a Campanha da Fraternidade de 2018.

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