- dezembro 19, 2017
Depois de sofrer alta por 10 anos, ceia será mais barata, aponta pesquisa
Produtos que compõem os jantares tiveram redução média foi de 0,27%, segundo Nepes da Uniderp
O campo-grandense deve economizar na ceia de Natal e Ano Novo neste ano. Levantamento realizado pelo Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) durante a primeira quinzena deste me nos principais supermercados da Capital aponta que os produtos consumidos nesta época – como frutas, peru, bacalhau e panetone – tiveram redução média de 0,27% em relação a 2016.
O Nepes tinha registrado alta de 11,40% no ano passado e em 2015, comparado a 2014, o aumento foi ainda maior, de 18,16%.
Esta é a primeira deflação na cesta desde 2008, segundo o coordenador do Nepes e pesquisador da Uniderp, Celso Correia. “Esse comportamento já era esperado, pois a inflação do ano de 2017 tem sido muito pequena”, explicou por meio da assessoria de imprensa.
O professor esclarece também que houve queda na inflação dos produtos alimentícios de um modo geral em novembro em Campo Grande. “O país colheu uma supersafra de grãos em 2017, o que estabilizou os preços dos alimentos de um modo geral e existe uma alta taxa de desemprego no Brasil, fazendo com que caísse a demanda por alimentos. Como a cesta natalina tem na alimentação os seus itens mais consumidos, era natural que os preços acompanhassem a tendência de queda”, completou, ainda via assessoria.
Mais dados – Foram registrados aumentos apenas em três grupos de alimentos. Os peixes tiveram o maior reajuste: 10,72%, motivado, principalmente, pelo salto de 44,06% no preço da Merluza, conforme a pesquisa. A carne de porco (leitoa) também teve acréscimo no valor, de 9,72%.
Por último, as bebidas alcoólicas – vinho, cerveja, uísque, champanhe e cidra – aumentaram 0,60%.
As aves foram as que mais tiveram queda no preço, 8,06% em média. As duas principais marcas de peru no mercado apresentaram quedas de 29,11% e 16,88%, por exemplo.
Os frios e laticínios seguiram a mesma tendência dos demais grupos e registraram redução de 1,13%, motivado por reduções de preços da muçarela (-16,43%), queijo prato fatiado (-10,27%) e leite integral (-5,69%). O presunto subiu 17,38% e o queijo minas 9,35%.
Churrasco – Até quem optar por fazer churrasco neste fim de ano gastará menos. O prato típico do sul-mato-grossense está 1, 24% mais em conta.
A picanha registrou a maior queda, saiu de R$ 36,46 em 2016 para R$ 29,95 este ano, menos 17,86% no valor. Já o contrafilé caiu 6,53% e a alcatra está 5,79% mais barata.
No segmento de bebidas não alcoólicas, os refrigerantes, por exemplo, tiveram deflação de 1,15%.
Sobremesa – O panetone é outro item da cesta que está mais barato, reduziu 1,65%.